Pesquisa mostra que apenas 11% dos consumidores americanos confiam no 1º resultado das buscas

Os dados mostram que apenas 11% dos americanos confiam no primeiro resultado que encontram na internet. Essa mudança comportamental coincide com o crescimento exponencial do uso de ferramentas de inteligência artificial. 

A pesquisa revela que 89% dos consumidores verificam múltiplas fontes antes de tomar decisões. Esse comportamento reflete uma evolução natural da maturidade digital dos usuários. Eles desenvolveram um senso crítico mais apurado sobre as informações encontradas na internet.

O fenômeno se acelera com a fragmentação dos canais de descoberta e a multiplicação das opções de busca disponíveis. O estudo analisou 1.057 consumidores americanos entre março e abril de 2025. A análise identificou padrões que redefinem como as empresas devem pensar sua presença nos mecanismos de busca.

A transformação vai além da desconfiança. Ela representa uma mudança importante em como as pessoas processam e validam informações em um ambiente saturado de conteúdo.

A fragmentação da descoberta na internet 

Os mecanismos de busca tradicionais mantêm a liderança com 45% dos consumidores iniciando pesquisas de produtos neles. No entanto, as ferramentas de IA já representam 15% das buscas iniciais, enquanto os sites de avaliação capturam 14%. Essa distribuição confirma o que os especialistas em SEO antecipavam: o monopólio da busca tradicional está se dissolvendo gradualmente.

O crescimento do uso de IA impressiona pela velocidade. Segundo a pesquisa, 73% dos consumidores aumentaram o uso de ferramentas de busca com inteligência artificial no último ano. Desses, 45% utilizam essas ferramentas diariamente, integrando-as completamente em suas rotinas de pesquisa e tomada de decisão.

Essa adoção massiva se relaciona diretamente com os dados que a Conversion vem apresentando sobre AI Overviews. Os estudos mostram que quando os resumos de IA aparecem nos resultados, os cliques em links tradicionais caem de 15% para apenas 8%. Isso representa uma redução de 47% no tráfego orgânico direcionado aos sites.

A permanência de buscas tradicionais para tópicos sensíveis (62%) e cotidianos (60%) indica que a transição será gradual. Os consumidores ainda preferem fontes estabelecidas para informações importantes. Contudo, experimentam ativamente com IA para exploração e descoberta de novas possibilidades.

As redes sociais consolidam papel na jornada de descoberta

O papel das redes sociais na descoberta de produtos e serviços se solidifica com números expressivos. A pesquisa mostra que 52% dos consumidores usam as plataformas sociais para encontrar avaliações. Além disso, 48% buscam recomendações locais e 47% procuram tutoriais e orientações práticas nesses canais.

Esses dados confirmam que a jornada do consumidor se tornou multicanal por natureza. As empresas não podem mais depender exclusivamente do posicionamento em buscadores. A presença qualificada em múltiplas plataformas se torna um requisito básico para visibilidade e consideração durante o processo de compra.

Por sua vez, a integração entre busca social e tradicional cria oportunidades para as marcas que compreendem essa dinâmica. Dessa forma, cria múltiplos pontos de contato com os consumidores em diferentes estágios da jornada de compra.

A IA transforma exploração mas não substitui fatores tradicionais de compra

O uso da inteligência artificial se concentra em atividades exploratórias: 54% a utilizam para pesquisa, 48% para ideias criativas e 43% para análises comparativas. Quando chega o momento da compra, os consumidores retornam a critérios tradicionais. Entre eles estão o preço, as avaliações de outros usuários e as especificações técnicas detalhadas dos produtos.

Essa dualidade cria um desafio estratégico para as empresas. Elas precisam otimizar o conteúdo tanto para descoberta via IA quanto para conversão através de fatores tradicionais. Nesse contexto, o Generative Engine Optimization (GEO) surge como disciplina fundamental para garantir presença qualificada nas respostas de sistemas de inteligência artificial.

A Conversion identificou que os sites com autoridade temática robusta e dados estruturados avançados têm probabilidade significativamente maior de serem citados em AI Overviews. A Wikipedia, o YouTube e o Reddit representam 15% de todas as referências em resumos de IA. Isso demonstra que a credibilidade e a estruturação de conteúdo determinam a visibilidade neste novo ecossistema.

As seis personas que definem o futuro da busca

A pesquisa identificou seis perfis comportamentais distintos que moldam o cenário moderno de descoberta na internet. Cada persona representa necessidades e comportamentos específicos que exigem abordagens estratégicas diferenciadas.

O Tradicionalista (24%)

Representa o maior grupo, confiando em mecanismos de busca estabelecidos para respostas confiáveis e estruturadas. Para alcançar este perfil, as empresas devem manter investimentos sólidos em SEO tradicional. 

Ao mesmo tempo, devem gradualmente introduzir elementos de GEO. A estratégia envolve criar conteúdo que mantenha o formato familiar mas incorpore a estruturação adequada para extração por IA. Isso garante presença tanto em resultados tradicionais quanto em AI Overviews.

O Price Shopper (21%)

Prioriza eficiência e economia em todas as decisões de compra. As estratégias efetivas incluem otimização de dados estruturados de produtos, implementação de schema markup para preços e promoções. 

Também envolvem a criação de comparativos detalhados que os sistemas de IA possam facilmente processar. A presença em agregadores de preços e a integração com o Google Shopping se tornam essenciais para capturar este segmento durante momentos de alta intenção de compra.

O Explorer (18%)

Utiliza IA para descobrir conexões profundas e explorar novas ideias. Este perfil responde melhor a conteúdo rico em contexto, análises multidimensionais e perspectivas únicas que os sistemas de IA considerem valiosas. 

As empresas devem investir em conteúdo proprietário, pesquisas originais e dados exclusivos. Esses elementos posicionam a marca como fonte de insights diferenciados nas respostas generativas.

O Creator (15%)

Depende de IA para brainstorming e processos criativos, especialmente prevalente na Geração Z. A estratégia deve focar em conteúdo inspiracional estruturado, tutoriais detalhados e recursos interativos que os sistemas de IA possam referenciar. 

Os formatos multimodais que combinam texto, imagem e vídeo aumentam a probabilidade de menção quando os usuários buscam inspiração criativa através de ferramentas de inteligência artificial.

O Social Proof Seeker (14%)

Necessita validação constante através de avaliações e influenciadores antes de tomar decisões. Para este grupo, a gestão ativa da reputação na internet se torna crítica. 

Isso inclui monitoramento e resposta a avaliações, parcerias estratégicas com criadores de conteúdo relevantes e estruturação de depoimentos para fácil extração por sistemas de IA. A presença qualificada em plataformas de review aumenta as chances de menção positiva em respostas generativas.

O Accidental Searcher (8%)

Descobre produtos casualmente durante a navegação social sem intenção específica. As estratégias devem focar em conteúdo altamente compartilhável, otimização para descoberta social orgânica e presença consistente em momentos de micro-interação. 

A criação de conteúdo que naturalmente aparece em feeds sociais e recomendações algorítmicas captura este segmento durante momentos de descoberta não intencional.

O GEO surge como disciplina essencial para a visibilidade

O Generative Engine Optimization expande o SEO tradicional ao focar na construção de autoridade para máquinas. Enquanto o SEO busca posicionamento em rankings, o GEO objetiva garantir menções qualificadas em respostas de inteligência artificial. Essa evolução reflete a mudança de uma economia de cliques para uma economia de menções e autoridade.

A Conversion identificou que as empresas podem ter produtos e serviços mencionados em respostas de IA sem que os usuários visitem seus sites. Isso cria um novo canal de conscientização onde a marca ganha visibilidade através de referências contextualizadas em respostas generativas. O desafio está em mensurar e otimizar essa presença indireta.

As estratégias efetivas incluem a estruturação de conteúdo em chunks facilmente extraíveis, a implementação de schema markup avançado e a construção de autoridade temática através de cobertura ampla de tópicos relacionados. Os sites que demonstram expertise consistente com conteúdo atualizado e fontes verificáveis têm probabilidade significativamente maior de serem selecionados por sistemas de IA.

Por sua vez, a engenharia de relevância substitui gradualmente a otimização tradicional de palavras-chave. O foco muda para a otimização em nível de passagem, reconhecendo que os sistemas de IA extraem e combinam informações específicas, não páginas inteiras. Isso exige repensar a arquitetura de informação e a estruturação de conteúdo desde a concepção.

A evolução natural exige adaptação estratégica, não pânico

A pesquisa confirma uma evolução comportamental que a Conversion vem mapeando através de estudos sobre AI Overviews e AI Mode. A fragmentação da descoberta, o crescimento do uso de IA e a queda na confiança em resultados únicos representam uma mudança estrutural irreversível no comportamento de busca na internet.

As empresas brasileiras enfrentam um momento decisivo. A preparação para este novo ambiente deve ser estratégica e gradual, evitando mudanças radicais que comprometam a performance atual. O investimento em GEO complementa, não substitui, as estratégias estabelecidas de SEO. Dessa forma, cria uma presença robusta em múltiplos canais de descoberta.

O futuro pertence às marcas que compreendem esta transformação como evolução natural, não disrupção catastrófica. Os consumidores continuarão buscando produtos e serviços, mas através de jornadas mais complexas e validação em múltiplas fontes. As empresas preparadas para esta realidade multimodal e multifacetada prosperarão independentemente da plataforma dominante.

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