A OpenAI divulgou o maior estudo já realizado sobre o uso do ChatGPT, analisando 1,5 milhão de conversas para mapear como os consumidores utilizam inteligência artificial generativa.
A pesquisa, desenvolvida em parceria com Harvard, oferece insights inéditos sobre democratização da IA. O estudo revela que 700 milhões de usuários ativos semanais geram 18 bilhões de mensagens por semana, representando aproximadamente 10% da população adulta global.
A análise demonstra que o ChatGPT evoluiu de ferramenta para jovens que adotaram as pesquisas conversacionais mais cedo para uma plataforma amplamente democratizada. As descobertas indicam criação de valor econômico tanto no ambiente profissional quanto pessoal, com implicações diretas para estratégias de marketing digital.
Democratização do ChatGPT reduz gaps demográficos
O estudo documenta a redução significativa nas disparidades de gênero no uso do ChatGPT. Em janeiro de 2024, apenas 37% dos usuários com nomes classificáveis eram mulheres. Contudo, até julho de 2025, essa proporção cresceu para 52%, superando a paridade de gênero.
A expansão global concentra-se especialmente em países de baixa e média renda. Até maio de 2025, as taxas de crescimento de adoção nos países de menor renda foram quatro vezes superiores às registradas em países de alta renda.
Essa democratização representa oportunidade estratégica para marcas que implementam Generative Engine Optimization (GEO). Com 70% do uso sendo pessoal, empresas podem se posicionar diretamente nas consultas cotidianas dos consumidores através de estratégias adequadas de otimização.
Três padrões principais de interação
A pesquisa identifica três categorias fundamentais de uso: Asking (49%), Doing (40%) e Expressing (11%). O padrão “Asking” representa consultas por orientação e informações, demonstrando que usuários valorizam o ChatGPT principalmente como consultor digital.
O comportamento “Doing” engloba tarefas práticas como redação, planejamento e programação, sendo aproximadamente um terço relacionado ao trabalho. Já “Expressing” captura usos de reflexão pessoal, exploração e entretenimento, indicando papel crescente na vida cotidiana dos usuários.
Três quartos das conversas focam em orientação prática, busca de informações e escrita. A redação aparece como tarefa profissional mais comum, enquanto programação e autoexpressão permanecem atividades de nicho, segundo os dados coletados.
Oportunidades estratégicas para marcas
O predomínio do uso pessoal (70% versus 30% profissional) cria oportunidades únicas para marcas implementarem estratégias de GEO. Diferentemente de buscas tradicionais focadas em transações, as consultas conversacionais permitem um posicionamento em contextos de descoberta e formação de opinião.
As marcas que investem em autoridade temática através de conteúdo estruturado aumentam a probabilidade de citação em respostas do ChatGPT. A estratégia requer foco em profundidade de conteúdo, citação de fontes confiáveis e linguagem conversacional que facilite a extração de informações.
A crescente migração para interfaces conversacionais representa a evolução natural do SEO tradicional. Empresas que investirem em GEO estabelecem uma vantagem competitiva significativa, especialmente considerando a menor intensidade de competição comparada aos mecanismos de busca convencionais.
Impacto econômico além do PIB tradicional
O estudo identifica criação de valor econômico que métricas tradicionais como PIB falham em capturar. Aproximadamente 30% do uso relaciona-se ao trabalho, enquanto 70% gera benefícios pessoais que influenciam produtividade e qualidade de vida.
O ChatGPT funciona como ferramenta de suporte à decisão, melhorando julgamento e produtividade especialmente em trabalhos intensivos em conhecimento. Usuários descobrem novos casos de uso ao longo do tempo, aprofundando o engajamento através de modelos aprimorados.
A evolução contínua do uso demonstra que benefícios econômicos se expandem além da automação de tarefas. A tecnologia cria valor através de capacitação humana, democratização de expertise e redução de barreiras para acesso à informação qualificada.
Implicações para estratégias digitais
Os dados revelam uma transformação fundamental na forma como os consumidores buscam informações e tomam decisões. As marcas devem adaptar estratégias de conteúdo para interfaces conversacionais, priorizando clareza, autoridade e facilidade de extração de informações.
A crescente adoção feminina e expansão em mercados emergentes ampliam oportunidades de alcance para empresas que dominam a otimização para IA generativa. O momento oferece janela de oportunidade para estabelecimento de liderança em novos canais de descoberta.
A integração entre SEO tradicional e GEO é fundamental para o sucesso online. As duas estratégias se complementam ao invés de se substituírem. As empresas que combinam excelência técnica com otimização conversacional maximizam visibilidade across múltiplos pontos de contato na jornada do cliente.
O estudo da OpenAI confirma que a inteligência artificial generativa transcende status de novidade tecnológica e já se tornou uma infraestrutura fundamental de acesso à informação. Para marcas, isso significa uma necessidade urgente de adaptação estratégica para manter relevância em ecossistema digital em transformação acelerada.
