A Conversion entrevistou 346 profissionais de marketing digital, e-commerce, vendas e growth e mapeou as principais apostas do mercado para este ano.
Uma pesquisa desenvolvida com exclusividade pela Conversion constatou que mais da metade dos profissionais de marketing pretendem alocar mais recursos para SEO em 2022. SEO lidera o ranking com 50,2%, que ainda conta com Marketing de Conteúdo na segunda posição (48,9%), e Mídia Paga (46%) fechando o TOP 3.
Estes números expõem uma tendência de mudança na tendência das estratégias de marketing digital ao longo deste ano. Percebemos que o mercado entende que os custos de mídia paga estão cada vez mais altos e a mídia orgânica é a melhor forma de criar sustentabilidade no longo prazo.
Atualmente, de acordo com a pesquisa, SEO já é a segunda estratégia de marketing digital mais utilizada dentro do próprio mercado (71%), perdendo apenas para mídias sociais (77,3%).
Com relação aos investimentos futuros, no entanto, as mídias sociais surgem somente em 4º lugar, mostrando uma estagnação nos atuais investimentos. Isso ajuda a corroborar a tese de que as pessoas preferem seguir outras pessoas nas redes, de modo que as empresas vão investir em canais onde conseguem ter melhor retorno.
O e-mail marketing, que é hoje a terceira estratégia em que mais se investe (67,1%), cai para a 6ª posição na classificação de investimentos que devem aumentar em 2022 enquanto marketing de conteúdo, que hoje figura como a 5ª estratégia mais popular, sobe para a 2ª posição quando avaliamos a intenção de novos investimentos.
Ao apresentar uma maior atenção do mercado para o marketing de conteúdo, os dados refletem um amadurecimento geral da indústria com relação às exigências do novo consumidor, muito mais sensível ao consumo de conteúdo de qualidade oferecido pelas suas marcas favoritas.
O mercado de SEO no Brasil: conteúdo é rei 👑
De todos os entrevistados, 71% afirmaram investir em SEO atualmente. O número é expressivo e expõe um panorama positivo para o mercado de Search, uma vez que estes investimentos tendem a aumentar ainda mais em 2022.
A alocacão de recursos entre os quatro pilares que compõe uma estratégia de SEO (Conteúdo, On-Page, Técnico e Off-Page), no entanto, ainda é desigual.
Seguindo a tendência do mercado, Conteúdo é o mais valorizado: 50,6% dos profissionais entrevistados têm a percepção que este é o pilar que mais contribui para os resultados de uma estratégia de SEO.
SEO On-Page vem em segundo lugar, com 18,8% da preferência.
Conteúdo e SEO On-Page também são os pilares que mais recebem recursos.
A preocupação com o Conteúdo é legítima: de acordo com dados da nossa Pesquisa do Consumidor Digital 2020, 38,2% dos consumidores vêem o conteúdo do site da marca em que pretendem comprar como um fator determinante na hora de se ter uma boa experiência de compra.
O SEO Off-Page, em contrapartida, ocupa o último lugar em ambas as escalas de importância.
Somente 15% dos respondentes o consideram como a primeira ou a segunda opção que mais contribui com um bom resultado de SEO, além de também ser o pilar com menos recursos direcionados — 53,1% dos entrevistados alocam nele somente a menor parte dos seus esforços.
A percepção de que o Off-Page gera menos resultados ou é menos importante, no entanto, não reflete a realidade.
Segundo a nossa pesquisa sobre o mercado de link building no Brasil, o SEO Off-Page é o pilar que mais gera resultados: 82,3% dos entrevistados alegaram ver resultados positivos no trabalho de link building, por exemplo.
As métricas e ferramentas mais populares entre os profissionais
No hall de métricas consideradas mais importantes na hora de avaliar e mensurar os resultados de uma estratégia de SEO, no TOP 3 estão ROI (49,8%), Posicionamento de palavra-chave (32,7%) e Custo por Aquisição de Cliente – CAC (31,5%).
Apesar do Conteúdo figurar como o aspecto mais influente, as métricas diretamente relacionadas a ele estão na retaguarda da lista.
Taxa de Rejeição (11,8%) e Duração da Visita (9,2%), por exemplo, ocupam somente as 10ª e 14ª posições, respectivamente.
O gráfico traz outro dado interessante: apesar da baixa adesão (6,1%), o Share of Search já surge na lista e desponta em relevância.
Sendo uma métrica preditiva do Market Share, que está na 11ª posição no ranking, acreditamos que o Share of Search ganhará cada vez mais espaço e atenção dos profissionais de marketing digital, conforme previmos em 2020.
Aqui é importante salientar que a principal métrica de avaliação de um projeto depende de qual é o modelo de negócio em que ele está inserido. Um e-commerce dificilmente olhará para as mesmas métricas que um site não transacional.
Principais ferramentas
Com relação às ferramentas mais utilizadas pelos profissionais de marketing digital, figuram no TOP 10 algumas diretamente ligadas ao trabalho de SEO: Google Search Console, SEMRush, Ubersuggest e Yoast são algumas delas.
No ranking geral, as ferramentas do próprio Google são as mais populares do mercado: as três mais utilizadas são Google Analytics (80%), Google Trends (65,7%) e GSC (65,1%).
O Ahrefs, uma das mais populares ferramentas para gestão de backlinks, aparece somente em 15ª lugar.
Time híbrido desponta como tendência e deve crescer em 2022
O estudo também revela uma nova tendência: a do trabalho de SEO ser desenvolvido por um time híbrido: quando time interno e agência terceirizada trabalham juntos.
De todos os entrevistados que investem em SEO (71%), 55,9% tem uma equipe interna, 14,8% tem uma agência responsável e 12,4% já trabalha neste modelo — parte externo, parte interno —, reforçando o crescimento.
Metodologia
A pesquisa foi concluída com 346 profissionais de marketing digital acima de 18 anos.
26% dos entrevistados ocupam cargos de coordenação ou gerência, 22,6% são analistas e/ou especialistas.
33% trabalham em empresas privadas, 28,9% trabalham em agências e 22,3% trabalham em e-commerces.
O nível de confiança é de 90% e a margem de erro está em 4,5%.
