AI Mode em português: a busca conversacional do Google chega ao Brasil

O Google oficializou no último dia 08/09 o lançamento do AI Mode em português no Brasil. 

O movimento do Google é o primeiro passo na transformação de como os brasileiros interagem com o maior buscador do mundo. A ferramenta, alimentada pelo modelo Gemini 2.5, é o maior investimento da empresa em inteligência artificial até o momento.

O AI Mode substitui a tradicional interface de links azuis por uma experiência conversacional que processa as consultas através de raciocínio em múltiplas etapas. Por isso, esta mudança não altera apenas como consumimos as informações, mas também transforma completamente as estratégias de para ganhar visibilidade e relevância dentro das respostas.

Vale destacar que a chegada no Brasil faz parte de uma expansão global que já alcançou mais de 180 países. Contudo, a versão em português inclui adaptações específicas para o mercado brasileiro. Dessa forma, considerando as particularidades culturais e linguísticas que tornam as respostas mais precisas e contextualmente relevantes para os usuários locais.

Os investimentos bilionários impulsionam o AI Mode 

O lançamento da ferramenta em português reflete os grandes investimentos do Google em inteligência artificial. A empresa destinou US$75 bilhões para o desenvolvimento de IA em 2025, com foco na integração de recursos generativos aos seus produtos principais. Este montante representa, inclusive, um dos maiores investimentos corporativos em IA da história.

O Gemini 2.5, modelo que alimenta a ferramenta, passou por treinamento específico para compreender as nuances do português brasileiro. Esta personalização permite que o sistema processe as consultas considerando os contextos regionais, as gírias e as expressões típicas do Brasil. 

Como resultado, as respostas se tornam mais naturais e precisas para os usuários brasileiros. A estratégia do Google demonstra o reconhecimento do Brasil como mercado prioritário para as inovações em IA.

Além disso, o país já lidera o uso de ferramentas de inteligência artificial dentro do ecossistema Google globalmente. Mais de 7 milhões de desenvolvedores brasileiros utilizam o Gemini, o que reforça a importância estratégica do mercado nacional.

Como funciona a tecnologia por trás do AI Mode

A ferramenta utiliza uma técnica avançada chamada “query fan-out”, que permite uma abordagem mais sofisticada no processamento de consultas. Quando um usuário faz uma consulta, o sistema automaticamente a decompõe em várias sub-perguntas, processando cada uma através de diferentes fontes e modelos especializados simultaneamente.

Este processo permite respostas mais completas que a busca tradicional. Por exemplo, ao pesquisar “melhor smartphone para fotografia”, o sistema pode simultaneamente buscar informações sobre a qualidade de câmera, as comparações de preços, as avaliações de usuários e os lançamentos recentes. Dessa forma, o resultado final combina todas essas informações em uma resposta estruturada e conversacional.

A personalização representa outro diferencial técnico importante. Além disso, o sistema analisa o histórico de interações do usuário com as ferramentas Google como Gmail, Google Docs e Chrome para construir um perfil comportamental. Esta análise influencia tanto a seleção de fontes quanto o formato da resposta apresentada, tornando cada interação única e contextualizada.

Por outro lado, a capacidade multimodal da ferramenta processa texto, voz e imagens de forma integrada. Os usuários podem fazer perguntas por voz, enviar fotos para análise ou combinar diferentes tipos de entrada em uma única consulta. Esta flexibilidade torna a experiência mais natural e intuitiva que as interfaces tradicionais de busca.

Os rumores internos sugerem que o AI Mode se tornar o padrão do Google

As declarações recentes de executivos do Google indicam transformações significativas no horizonte da empresa. Logan Kilpatrick, gerente de produto da empresa, sugeriu nas redes sociais que a ferramenta pode se tornar a experiência padrão de busca “em breve”, embora a declaração tenha sido posteriormente contradita por outros executivos.

Essas contradições internas evidenciam os debates intensos dentro do Google sobre o momento ideal para esta transição. Por um lado, a pressão competitiva do ChatGPT — que já processa 50 milhões de buscas diárias —- força a aceleração das inovações. Por outro, a empresa reconhece os impactos significativos que esta mudança causará no ecossistema digital.

Enquanto isso, a estratégia atual do Google demonstra a intenção clara de popularizar a ferramenta. O endereço google.com/ai agora direciona os usuários diretamente para a nova interface, eliminando as barreiras de acesso. 

Além disso, as parcerias com OpenTable, Resy e Ticketmaster expandem as capacidades transacionais. Com isso, transformando o buscador em plataforma de ação direta.

Como o AI Mode torna o GEO ainda mais importante 

A chegada do AI Mode em português acelera a adoção do GEO (Generative Engine Optimization) no Brasil. Esta disciplina complementa, não substitui, as estratégias tradicionais de SEO, estabelecendo uma abordagem híbrida para a otimização de conteúdo.

Enquanto o SEO busca o posicionamento em listas de resultados, o GEO visa a integração direta nas respostas geradas por inteligência artificial. Por isso, o GEO exige uma abordagem diferente na estruturação de conteúdo. 

As informações devem ser organizadas em “chunks” facilmente extraíveis por sistemas de IA. Isso significa que é essencial criar conteúdo que responda perguntas específicas de forma clara e concisa, facilitando a seleção pelos algoritmos durante o processo de decomposição de consultas.

Além disso, a construção de autoridade temática torna-se crucial para o sucesso no GEO. As empresas precisam demonstrar conhecimento especializado sobre tópicos específicos através de múltiplas perspectivas e formatos. Esta autoridade deve ser reconhecida pelas LLMs, que avaliam a consistência, a precisão e a originalidade das informações.

A aplicação efetiva do GEO requer coordenação cuidadosa com as estratégias de SEO existentes. O sucesso em uma plataforma pode amplificar os resultados em outras, mas demanda uma visão sistêmica que reconheça as interconexões entre os canais. 

Foto de Escrito por Diego Ivo

Escrito por Diego Ivo

Diego é CEO da Conversion, agência Líder em SEO e especializada em Search. Possui mais de uma década de experiência no mercado digital e é um dos principais experts no Brasil em SEO.

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Diego é CEO da Conversion, agência Líder em SEO e especializada em Search. Possui mais de uma década de experiência no mercado digital e é um dos principais experts no Brasil em SEO.

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