SEO vs GEO: entenda as diferenças e como cada um funciona

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Diego Ivo

O ano de 2025 marca um momento único na história da internet. Pela primeira vez desde que o Google assumiu o domínio absoluto das buscas online, estamos testemunhando uma transformação que pode redefinir completamente como as pessoas descobrem informações e marcas.

O ChatGPT já processa 20 milhões de buscas diárias, um volume similar ao Pinterest. Embora o Google ainda seja 373 vezes maior que o ChatGPT, essa diferença está diminuindo rapidamente. Dados da Ahrefs e estudos da Conversion no Brasil mostram 35% de queda no CTR em buscas com AI Overview. No contexto brasileiro, 93% das pessoas já usaram ferramentas de IA, e metade usa diariamente. 

Mas antes de entrarmos em pânico ou, como tem acontecido no LinkedIn, anunciar o “fim do SEO”, precisamos entender o que realmente está acontecendo. Esta não é a morte de uma disciplina, mas sua evolução natural para algo muito mais abrangente e estratégico.

O que realmente está acontecendo no mercado de buscas

Estamos presenciando a primeira ameaça verdadeira ao império do Google em mais de duas décadas. Desde a criação do Google, a lógica de buscar e fazer SEO permaneceu fundamentalmente a mesma: tecnologia, conteúdo e backlinks — com um forte impactado da Experiência do Usuário, conhecido pelo Navboost. Nos últimos 30 anos, os buscadores não mudaram radicalmente, apenas evoluíram incrementalmente.

O mercado está vivendo um ponto de inflexão

A chegada da IA Generativa e do ChatGPT está causando uma mudança sem precedentes, trazendo oportunidades inéditas, mas também desafios que nunca enfrentamos antes. Os cliques vão diminuir drasticamente na próxima década, mas se tornarão mais valiosos. Dados que revelam a jornada do consumidor, e não apenas o clique final, se tornarão fundamentais em todos os departamentos de marketing.

A resposta para por que isso está acontecendo só agora em 2025 está na popularização massiva da tecnologia. O ChatGPT “furou a bolha” neste momento específico devido a várias viralizações, desde filtros no estilo Ghibli até funcionalidades que impressionaram usuários comuns. Pessoas que nunca se interessaram por tecnologia agora estão criando imagens, fazendo buscas complexas e automatizando tarefas cotidianas.

Mais importante ainda é a integração nativa em sistemas operacionais. A Apple anunciou que mecanismos de busca baseados em IA como Perplexity e Claude serão integrados diretamente no Safari, sinalizando uma mudança estrutural.

A questão dos anúncios que determina o futuro

Um memorando interno vazado do Google revelou que executivos da empresa consideram “inevitável” que o Google Search perca tráfego para Gemini ou ChatGPT. O documento destaca a urgência da monetização das novas plataformas.

Enquanto isso, Sam Altman, CEO da OpenAI, declarou publicamente que “odeia anúncios”. O ChatGPT lançou recentemente funcionalidades de shopping sem anúncios, reforçando que indica produtos de forma independente. Paradoxalmente, fontes indicam planos vazados da OpenAI para gerar US$ 25 bilhões de receita com novos produtos, incluindo “monetização de usuários gratuitos” – especula-se que sejam anúncios.

A verdade é que o ChatGPT, como startup, consegue suportar mais tempo sem anúncios do que o Google, uma empresa listada na bolsa com pressão constante por resultados trimestrais.

Google não vai morrer

É fundamental ponderar que ainda haverá espaço para co-existência de diferentes tipos de busca. O AI Mode do Google ainda é muito focado em buscas informacionais, e nossa visão é de uma co-existência cada vez maior de tipos de buscas diferentes.

Projeções importantes apontam cenários específicos. A Gartner prevê 25% de queda nas buscas do Google até 2026, enquanto a Semrush indica que buscas por IA ultrapassarão as tradicionais em 2028. Esses dados sugerem uma transição gradual, não um colapso súbito.

Definições e filosofias fundamentais

Para ser bem sucedido nesta nova realidade, é essencial compreender como os conceitos fundamentais estão evoluindo. O SEO não está desaparecendo, mas se transformando em algo mais abrangente e estratégico.

O que é SEO na era da orquestração

O SEO está evoluindo para se tornar a disciplina que “orquestra” todos os buscadores – internos e externos. Os objetivos se expandiram drasticamente além do simples ranqueamento em SERPs tradicionais do Google e Bing. Agora incluem otimização para buscas em redes sociais como TikTok, LinkedIn e Instagram, presença em marketplaces como Amazon e Mercado Livre, otimização de buscas internas nos próprios sites, e visibilidade em IAs generativas como ChatGPT, Claude e Perplexity.

Esta evolução não representa uma mudança radical nos fundamentos, mas uma expansão natural do escopo de atuação. Os princípios básicos de relevância, autoridade e experiência do usuário permanecem válidos, mas agora se aplicam a um ecossistema muito mais amplo e diversificado.

O que é GEO (Generative Engine Optimization)

Generative Engine Optimization (GEO) é uma sub-área do SEO focada especificamente em otimização para engines de Inteligência Artificial Generativa. Seu objetivo principal é ser citado e referenciado em respostas de IA, não competindo diretamente com o SEO tradicional, mas complementando-o de forma estratégica.

O diferencial fundamental está na abordagem: enquanto o SEO tradicional busca posicionamento em listas de resultados, o GEO visa integração direta nas respostas geradas pela IA. Isso requer uma compreensão profunda de como os modelos de linguagem processam, interpretam e referenciam informações.

Search Orchestration: o conceito guarda-chuva

Com buscas presentes em cada vez mais canais, o trabalho do Novo SEO é orquestrar presença omnichannel. Isso significa integrar estratégias para todos os pontos onde as pessoas buscam informações, desde buscadores tradicionais até assistentes de IA e redes sociais.

A orquestração de buscas exige uma visão holística da jornada do consumidor, reconhecendo que diferentes tipos de busca atendem a diferentes necessidades e momentos da jornada de compra. É uma abordagem que prioriza a consistência e complementaridade entre canais, em vez de otimização isolada para cada plataforma.

Comparação detalhada: SEO vs GEO

Embora complementares, SEO e GEO operam com pilares e metodologias distintas que refletem as diferenças entre buscadores tradicionais e engines generativas.

CritérioSEO ClássicoGEO (Generative Engine Optimization)
DefiniçãoOrquestra todos os buscadores (internos e externos)Sub-área do SEO focada em buscadores generativos (LLMs)
Recomendado paraGoogle, Bing, YouTube, TikTok, LinkedIn, buscadores, etc.ChatGPT, Gemini, Perplexity, Llama, Claude, Google, etc.
Importância da TecnologiaSite rápido e indexável é fundamentalSite rápido e indexável é fundamental para LLMs
ConteúdoEscaneável, fácil para buscadoresChunks otimizados e conteúdo de marca para treinar IAs
Links/MençõesBacklinks de qualidade como fator centralMenções de marca são mais importantes que links
Navegação/ComportamentoDados de navegação (Navboost) influenciam rankingHistórico de prompts do usuário influencia respostas
AutoridadeTopical authority: buscadores usam conteúdo para definir líderesBranding semântico: rupturas na avaliação institucional pelas IAs

Pilares diferentes

O foco principal do SEO tradicional é ranquear em listas de resultados, onde o sucesso é medido por posição no ranking, CTR e tráfego. A experiência do usuário envolve clicar e visitar websites, com o site como destino final da jornada.

Em contrapartida, o GEO busca ser citado em respostas geradas diretamente pelas IAs. O sucesso é medido pela frequência de citações e participação no que chamamos de “Share of Model”. A experiência do usuário é receber a resposta diretamente na interface da IA, com o site servindo para aprofundamento ou compra quando necessário.

Esta diferença fundamental na experiência do usuário significa que a jornada do cliente também se transforma. No modelo tradicional, o website é o destino final. No modelo GEO, a IA serve como primeiro contato, e o site atende necessidades específicas de aprofundamento ou conversão.

Critérios de avaliação distintos

O SEO tradicional continua focando em relevância de conteúdo para intenção de busca, clareza de entidade e evidência de expertise através dos princípios E-E-A-T (Experience, Expertise, Authoritativeness, Trustworthiness). Backlinks de qualidade e autoridade de domínio permanecem importantes, assim como métricas de engajamento capturadas pelo Navboost (dados do Chrome e SERP) e fatores técnicos como Core Web Vitals e mobile-first indexing.

O GEO, por sua vez, prioriza precisão da informação e estrutura do conteúdo de forma mais específica. Mantém a importância da clareza de entidade e expertise, mas enfatiza chunks de conteúdo facilmente extraíveis pelas IAs. A popularidade de marca ganha destaque especial, com forte correlação entre volume de buscas pela marca e menções em respostas de IA. Além disso, o histórico completo de prompts do usuário influencia as respostas, criando uma dimensão de personalização sem precedentes nas buscas tradicionais.

Plataformas e canais: onde atuar

O ecossistema de busca em 2025 é muito mais complexo e diversificado do que apenas alguns anos atrás. Compreender onde e como atuar em cada plataforma é fundamental para uma estratégia bem-sucedida.

Canais do SEO tradicional

O Google Search permanece dominante, mas está em transformação acelerada. O Bing ganhou relevância significativa com a integração do ChatGPT, forçando uma reavaliação de estratégias que historicamente ignoravam a plataforma da Microsoft. O YouTube continua como segundo maior buscador mundial, com crescimento constante e oportunidades expandidas através de Shorts e recursos de IA.

As redes sociais estão se tornando verdadeiros buscadores, transformando fundamentalmente como pensamos sobre descoberta de conteúdo. TikTok, LinkedIn e Instagram são agora pontos fundamentais de descoberta. Buscas internas nos próprios sites também exigem otimização específica, pois os usuários esperam experiências de busca cada vez mais sofisticadas.

Plataformas GEO 

O ChatGPT lidera com mais de 400 milhões de usuários ativos semanais, representando uma base de usuários comparável às maiores redes sociais. Perplexity AI demonstra crescimento acelerado, com mais de 50 milhões de visitas mensais e posicionamento como alternativa mais focada em pesquisa.

Google AI Overviews representa a resposta do Google ao desafio das IAs independentes, oferecendo integração nativa no Google Search. Claude, desenvolvido pela Anthropic, ganha importância especial com a integração planejada no Safari, potencialmente mudando a dinâmica mobile. Gemini, do Google, promete multimodalidade e integração completa com o ecossistema Google, enquanto Microsoft Copilot foca no ecossistema empresarial e produtividade.

Estratégias de implementação prática

A implementação bem-sucedida de estratégias GEO requer uma abordagem metodológica que reconheça as necessidades específicas das engines generativas sem abandonar os fundamentos do SEO tradicional.

Estratégias de conteúdo para GEO

Conteúdos profundos são fundamentais para o sucesso em GEO. Isso significa priorizar linguagem clara e acessível através de alto Flesch Score, evitando jargões desnecessários que podem confundir tanto usuários quanto IAs. Informações abrangentes que respondem múltiplas questões relacionadas superam conteúdos superficiais.

A estruturação em chunks de conteúdo facilmente extraíveis é importante. Bullet points devem ser informativos e completos, não apenas listagens superficiais. Resumos executivos no início de seções ajudam tanto leitores quanto IAs a compreender rapidamente o valor do conteúdo. Dados e estatísticas citáveis com fontes claras aumentam as chances de citação. Seções FAQ estruturadas em linguagem natural antecipam as perguntas que usuários fariam diretamente às IAs.

O formato ideal para otimização dupla combina pergunta direta otimizada para GEO com resposta concisa em duas ou três frases que a IA pode citar diretamente. O contexto expandido otimizado para SEO oferece informações detalhadas com palavras-chave estratégicas, mantendo relevância para buscas tradicionais. Dados e estatísticas servem ambos os propósitos, enquanto seções FAQ especialmente beneficiam estratégias GEO.

Branding semântico: a volta ao posicionamento clássico em alta granularidade

O branding semântico representa uma volta aos princípios fundamentais de Al Ries e Jack Trout sobre posicionamento de marca, mas aplicados com granularidade sem precedentes para a era das IAs generativas. Onde os mestres do posicionamento pregavam ocupar uma posição única na mente do consumidor, agora precisamos ocupar posições únicas nos embeddings das IAs.

A diferença está na especificidade extrema. No passado, uma marca brigava para ser “o refrigerante” ou “o refrigerante diet”. Hoje, o posicionamento eficaz é “o refrigerante sem açúcar vegano disponível para delivery em Salvador-BA” ou “o software de gestão financeira para e-commerces com faturamento entre R$ 500 mil e R$ 5 milhões”. 

O processo exige mapear o máximo de atributos possíveis do produto ou serviço – ingredientes, localização, faixa de preço, público-alvo, situações de uso, benefícios específicos, métodos de entrega, compatibilidades técnicas. Cada atributo aumenta as chances de correspondência quando a IA processa prompts de usuários e gera embeddings para encontrar respostas relevantes.

A otimização desses atributos deve acontecer tanto no próprio site quanto em fontes externas. Internamente, isso significa estruturar páginas de produto com schema markup detalhado, descrições que incluam todos os atributos relevantes, e conteúdo que naturalmente mencione especificidades como localização, características técnicas e casos de uso. Externamente, envolve garantir que reviews, comparadores, diretórios e menções em outros sites também reflitam esses atributos específicos.

As IAs precisam “enxergar” esses atributos de forma consistente entre múltiplas fontes para consolidar o posicionamento. Quando um usuário pergunta para o ChatGPT sobre “melhor CRM”, a IA cruza as informações que tem daquele usuário com informações de dezenas de fontes para identificar quais marcas são consistentemente associadas a esses atributos específicos. A marca que conseguir maior consistência e frequência nessa associação vence o posicionamento semântico.

A questão da indexação

Uma das decisões mais importantes que empresas enfrentam hoje é se devem permitir que IAs indexem seus conteúdos. Muitas organizações estão com receio de ter seus conteúdos usados para treinar IAs e estão bloqueando LLMs através de robots.txt ou outras medidas técnicas.

Nossa posição é clara: não bloquear o ChatGPT representa “suicídio digital” na era atual. Permitir indexação é fundamental para visibilidade futura, especialmente considerando que estas plataformas continuarão crescendo exponencialmente. A estratégia mais inteligente é criar conteúdo único que não pode ser facilmente copiado, como ferramentas interativas, estudos proprietários e dados exclusivos.

Nova jornada de compra

A transformação nos mecanismos de busca está redefinindo como consumidores descobrem, avaliam e compram produtos e serviços. Compreender esta nova jornada é essencial para seguir crescendo em um mercado cada vez mais desafiador.

A jornada transformada

O topo do funil agora é mais dinâmico e tende a acontecer mais dentro das próprias plataformas de IA e redes sociais. Redes sociais e mecanismos generativos servem como primeiro contato, onde a IA fornece visão geral e a marca ganha awareness inicial. Esta etapa é caracterizada por busca de informações gerais e compreensão básica de soluções disponíveis.

O meio do funil utiliza canais proprietários como sites e aplicativos para aprofundamento real. É onde o consumidor realmente conhece o produto, avalia alternativas disponíveis e faz comparações detalhadas. Nesta etapa, a qualidade e profundidade do conteúdo proprietário tornam-se diferenciais competitivos cruciais.

O fundo do funil mantém a conversão em canais proprietários, mas agora ferramentas e conteúdos únicos servem como principal diferencial — ou seja, conteúdos que não possam ser copiados nem reproduzidos. Self-attribution torna-se métrica fundamental, pois os consumidores frequentemente descobrem marcas através de IAs mas convertem através de canais tradicionais.

Implicações estratégicas

Esta nova jornada exige repensar também a estratégia de conteúdo. Conteúdo proprietário deve ser incopiável, incluindo ferramentas interativas, estudos baseados em dados proprietários e análises exclusivas. Múltiplos touchpoints exigem estratégia verdadeiramente omnichannel, onde cada canal complementa e reforça os outros.

O modelo de atribuição precisa mapear a jornada completa, não apenas o último clique ou mesmo “apenas cliques”. Isso significa desenvolver capacidades de tracking mais sofisticadas e compreender como diferentes canais contribuem para o resultado final, trazendo a competência de pesquisas (entrevistar o consumidor costuma ser a forma mais poderosa de atribuir corretametne). As empresas que dominarem esta complexidade terão vantagem significativa sobre aquelas que continuam medindo apenas conversões diretas.

Métricas e mensuração de GEO

O desenvolvimento de métricas adequadas para GEO representa um dos principais desafios da nova era do SEO. As métricas tradicionais permanecem relevantes, mas precisam ser complementadas por indicadores específicos para sucesso em engines generativas.

Métricas tradicionais adaptadas

Atribuições baseadas em cliques ainda são relevantes, mas agora ocupam posição secundária na hierarquia de métricas. O foco deve estar em cliques non-branded, reconhecendo que o valor por clique aumenta significativamente – temos menos cliques, mas cada um representa maior qualidade e intenção de compra.

O tráfego originário de IAs deve ser identificado e segmentado no Google Analytics 4, monitorando especificamente sessões de ChatGPT, Perplexity e outras plataformas. O crescimento consistente mês a mês deste tráfego indica sucesso nas estratégias GEO, assim como ROI e conversões específicas desta fonte. Isso pode ser feito pela ferramenta gratuita AI Traffic.

Métricas nativas GEO

Share of Model representa o percentual de visibilidade em cada modelo de IA, funcionando similarmente ao Share of Voice em SEO tradicional. Inclui pontuação por posição e tipo de menção, permitindo comparação constante com concorrentes e tracking de evolução temporal.

Brand Attributes Score mede como a IA percebe sua marca em relação a produtos e atributos específicos. Implementa-se através de testes regulares com prompts padronizados, gerando gráficos de radar de posicionamento que visualizam forças e fraquezas da percepção da marca.

Auto atribução envolve pesquisa direta perguntando aos clientes “Como conheceu nossa marca?”, mapeando pontos de contato na jornada e correlacionando com dados comportamentais. Esta métrica torna-se especialmente importante quando cliques diminuem mas awareness através de IAs aumenta.

O futuro: Brandgrowth e Search Orchestration

A evolução para além do SEO tradicional representa mais que mudança tática – é transformação fundamental na forma como pensamos sobre crescimento de marcas e relacionamento com consumidores.

A era do Brandgrowth

Estamos entrando na era do Brandgrowth, uma evolução natural que combina Branding + Growth orientada por dados. O passado focava em criar marcas com apelo emocional, papel tradicionalmente desempenhado por designers e comunicadores. O presente prioriza aquisição baseada em dados, domínio de growth hackers e engenheiros de crescimento.

O futuro representa síntese entre estas abordagens: criação de marcas orientada por dados, exigindo perfil de “arquiteto” que compreende tanto aspectos emocionais quanto analíticos do branding. Este profissional combina intuição criativa com rigor analítico, construindo marcas que ressoam emocionalmente mas são otimizadas através de dados.

Search Orchestration como disciplina

Search Orchestration aparece como coordenação estratégica de presença em todos os canais de busca. As competências necessárias expandem consideravelmente: SEO técnico tradicional permanece fundamental, mas agora deve ser complementado por otimização para IAs, social media search optimization, marketplace optimization e internal search optimization.

Esta disciplina exige pensamento sistêmico que reconhece interconexões entre canais. Sucesso em uma plataforma pode amplificar resultados em outras, mas requer coordenação cuidadosa para evitar canibalização ou mensagens conflitantes.

Conclusão

Como sempre costumo observar: “O papel do marketing não é vender, é educar o cliente para comprar.” Esta frase nunca foi tão relevante quanto agora, na era da Search Orchestration, onde o fornecimento de informação valiosa precede e possibilita a venda.

Mindset essencial

A transformação atual exige mudança fundamental de mentalidade. SEO não morre, mas evolui para orquestração de múltiplos canais, cada um com suas particularidades e oportunidades. GEO complementa, não substitui SEO tradicional, criando estratégia integrada mais robusta. Múltiplos canais exigem abordagem coordenada que reconhece interdependências e sinergias. Dados e tecnologia tornam-se vantagem competitiva definitiva, separando organizações que prosperam daquelas que apenas sobrevivem.

Ações imediatas

A implementação bem-sucedida requer ações específicas e mensuráveis. Primeiro, não ignore a mudança – os dados mostram crescimento real e consistente do tráfego de IA que continuará acelerando. Segundo, comece gradual, implementando GEO sem abandonar práticas de SEO tradicional que já funcionam. Terceiro, meça tudo, configurando tracking para novos canais desde agora para estabelecer baselines e identificar tendências.

Quarto, invista em diferenciação através de desenvolvimento de ferramentas e conteúdo único que competidores não possam facilmente replicar. Quinto, pense na jornada completa, otimizando tanto para awareness quanto para conversão, reconhecendo que o customer journey se tornou mais complexo e não-linear.

A pergunta final

No mundo onde IA é cada vez mais a porta de entrada para comércio e descoberta, toda marca deve fazer uma pergunta fundamental: “O modelo vai se lembrar de você?”

Os cliques vão diminuir drasticamente na próxima década, mas se tornarão exponencialmente mais valiosos. As marcas que prosperarão serão aquelas que dominarem tanto a arte tradicional do SEO quanto a nova ciência do GEO, criando presença digital verdadeiramente omnichannel.

O futuro da busca digital será híbrido, combinando múltiplas modalidades e plataformas. A mudança já começou, e organizações que não se adaptarem rapidamente se tornarão invisíveis na era da IA. Mas para aquelas que abraçarem esta transformação com estratégia clara e execução disciplinada, as oportunidades são maiores do que qualquer coisa vista nos últimos 25 anos.

Esta é a era da orquestração, onde o sucesso vem não de dominar uma única plataforma, mas de criar orquestração harmoniosa entre todo o ecossistema digital. O SEO não morreu – evoluiu. O GEO não é o futuro distante – é o presente imediato.

A questão não é se sua marca vai se adaptar, mas quão rapidamente você conseguirá orquestrar sua presença em todos os canais de busca da nova era digital.

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Escrito por Diego Ivo

Diego é CEO da Conversion, agência Líder em SEO e especializada em Search. Possui mais de uma década de experiência no mercado digital e é um dos principais experts no Brasil em SEO.

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Diego é CEO da Conversion, agência Líder em SEO e especializada em Search. Possui mais de uma década de experiência no mercado digital e é um dos principais experts no Brasil em SEO.

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