Como são escolhidas as categorias de um e-commerce?

Lucas Amaral
Lucas Amaral

Classificação conta com SEO, mas não pode se limitar ao volume de buscas de uma palavra-chave

Decidir as categorias de um e-commerce não é uma tarefa fácil. Isso serve tanto para gigantes do mundo do varejo, como Amazon e Shopee, quanto para pequenas lojas virtuais.

No primeiro caso, os obstáculos geralmente são atribuídos à fartura de produtos oferecidos. A vasta quantidade de itens requer múltiplas categorias. Ao mesmo tempo, é preciso fornecer uma experiência intuitiva ao usuário, que deve saber exatamente onde clicar. 

Assim, surgem as subcategorias, que, outra vez, podem se dividir. “Moda”, “vestuário”, “roupas de verão”, “calçados”, “tênis”, “tênis feminino”, “uso diário”. Todas essas etiquetas poderiam se enquadrar em uma única peça, e ainda assim é possível que o usuário realize uma busca diferente para encontrá-las. 

Por outro lado, pequenos comércios eletrônicos normalmente lidam com problemas diferentes. Seria natural uma livraria dividir seus produtos em “nacionais” e “internacionais”, mas será que isso seria suficiente para proporcionar fluidez de navegação?

Alguém que busque por livros de ficção, mistério ou autoajuda poderia ter dificuldades em encontrá-los em meio ao catálogo. Mas o excesso de segmentação também pode ser prejudicial nesse modelo, pois o usuário pode cair em páginas com uma listagem muito breve de produtos, vazias ou com falta de estoque.

Qual é a relação entre as categorias de um e-commerce e o SEO?

Um equívoco muito comum encontrado no comércio eletrônico é achar que as categorias devem ser selecionadas exclusivamente de acordo com o volume de buscas de uma determinada palavra-chave. Isso nem sempre condiz com a melhor solução.

É claro que elas auxiliam na interpretação da intenção de busca do usuário, mas não devem ser levadas como único critério. Mesmo que haja um maior número de pesquisas para “hd”, isso não significa que deva ser o termo escolhido. 

“Disco rígido”, “hard drive”, “disco fixo”, “disco duro” ou até mesmo “dispositivo de armazenamento” são termos utilizados para se referir ao mesmo item. Então, como tomar uma decisão acertada?

Na realidade, isso depende de um fator crucial: o público que acessa o site. Em uma loja de acessórios eletrônicos para gamers, é possível que o termo “hd” represente uma boa categoria. Mas, para um grande varejista, talvez a melhor ideia seja a utilização de “dispositivo de armazenamento” (categoria na qual também caberiam outros itens, como pendrives, SSDs etc.). 

A melhor nomenclatura só pode ser confirmada por meio da realização de testes. Mas a ideia aqui é clara: as categorias têm como função primária auxiliar o usuário.

O que são categorias de um e-commerce?

As categorias de um e-commerce (também chamadas de taxonomia de produto) visam organizar as prateleiras de uma loja virtual e torná-las rastreáveis. Ou seja, visa proporcionar o encontro do que o usuário procura, seja por meio de links clicáveis durante a navegação, seja por meio da busca do site. 

Em muitos casos, é preciso atribuir novas ontologias (relações semânticas entre conceitos) para aperfeiçoamento da busca. 

exemplo de categorias no e-commerce

Além disso, um único artigo pode ser inserido em múltiplas categorias. Por exemplo:

exemplo de categorias no e-commerce

Como definir as categorias de um e-commerce?

Atualmente, existem muitas ferramentas de inteligência artificial que realizam o processo de categorização de maneira automática, poupando a necessidade da intervenção manual. Essas ferramentas realizam tais processos ao compreender o comportamento do usuário na loja. 

Esse tipo de solução auxilia, inclusive, na demonstração de produtos semelhantes e de ofertas ativadas mediante gatilhos de preço ou combinação de produtos, por exemplo.

Mas, claro, para tudo é preciso ter um ponto de partida. A seguir, veja algumas orientações para definir as categorias de um comércio eletrônico. 

Reúna dados sobre os produtos oferecidos

O primeiro passo para realizar uma categorização eficiente é a etiquetagem. Isso quer dizer que é preciso decidir quais serão as tags utilizadas no site e marcar os produtos em estoque. 

Elas podem ser direcionadas a diferentes características, como tipo, material, marca, cor, tamanho, peso, preço, qualidade, fornecedor, entre muitos outros. Cada produto possui diferentes atributos, então suas definições também serão distintas. 

Mais uma vez, as ferramentas tecnológicas podem ser de grande utilidade. PIMs (Product Information Management) ajudam na organização desse sistema.

Coloque-se no lugar do cliente para criar categorias

A seguir, é hora de criar as categorias do e-commerce. Aqui, a melhor ideia é pensar como consumidor (não como um vendedor). Notoriamente, para o administrador da loja, seria mais fácil atribuir categorias de acordo com “disponibilidade”, “tipo de embalagem” ou “espaço ocupado no estoque”. Mas isso não significa nada para o cliente. 

Por essa razão, é preciso se colocar no lugar do consumidor e pensar que tipo de categoria ele busca e quais termos são intuitivos para a pesquisa, utilizando também técnicas de UX Writing. 

Avalie o comportamento do usuário

Com a loja virtual em funcionamento, é necessário observar o que privilegia e o que atrapalha a navegação do usuário. Uma pesquisa da Gorgias, plataforma especializada em lojas virtuais, revela que o uso de dados de comportamento do consumidor para organização de categorias pode aumentar a receita em até 10%

Para tal, são utilizadas ferramentas automatizadas, como Wiser ou Crossing Minds, que não apenas auxiliam na descoberta de novas necessidades, mas também apontam categorias desnecessárias e criam listas específicas como “mais vendidos” e “produtos relacionados”. 

Essas etiquetas são “flutuantes” e podem mudar, surgir ou desaparecer de acordo com a análise da ferramenta. 

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Escrito por Lucas Amaral

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