Cloaking: o que é e por que é ruim para SEO

Mariana Pessoa
Mariana Pessoa

Cloaking é a prática de apresentar diferentes conteúdos para os usuários e os mecanismos de busca com o objetivo de manipular os resultados da pesquisa, assim como enganar os usuários.

Sendo uma das práticas de black hat mais conhecida do mundo de SEO, as técnicas de cloaking ainda geram discussões e dúvidas na comunidade, que vez ou outra são respondidas pelo Google.

É por isso que neste texto serão respondidas as principais dúvidas que surgem sobre assunto e o que fazer quando você se deparar com uma punição no seu site (acontece!) ou quiser denunciar. Continue a leitura para saber mais!

O que é cloaking?

As técnicas de cloaking tem o objetivo de manipular os resultados da pesquisa apresentando diferentes conteúdos para os usuários ou mecanismos de busca. Não à toa que significa “camuflagem” que, por sua vez, é sinônimo de esconder. 

Além disso, é comum hackers usarem essas técnicas para que os proprietários de um site não percebam a invasão. Assim, quando o proprietário acessa o site vê que está tudo bem, quando, na verdade, as páginas estão diferentes.

Outro exemplo de cloaking é quando uma página está otimizada para mecanismos de busca (utilizando técnicas de SEO como uso de palavras-chave, por exemplo), mas a página mostrada ao usuário não é a mesma.

Infelizmente, utilizar técnicas de cloaking ainda é comum por pessoas que ganham dinheiro com afiliados, por exemplo, pois muitos a usam para ganhar dinheiro por cliques em páginas posicionadas devido à otimização para mecanismos de busca, mas as páginas exibidas aos usuários não tem nada a ver com o pesquisado.

É importante sinalizar que paywall ou “bloqueios” de acesso ao conteúdo não são considerados cloaking caso o Google possa acessar a página e ver o conteúdo, assim como o usuário que detém uma assinatura ou se cadastre no site para acessá-lo.

Por que cloaking é uma técnica de Black Hat SEO?

Cloaking é considerado black hat porque é uma técnica que engana o usuário e o Googlebot

Nas atualizações recentes do Google, como o Helpful Content System e Page Experience, a empresa têm deixado bem claro sua preocupação com o usuário final, por isso, não é de surpreender que uma técnica que visa manipular resultados esteja entre as Políticas de Spam do buscador.

Imagine que você está buscando sobre plantas e entre as primeiras posições está uma página aparentemente confiável. Ao acessá-la, se depara com um conteúdo completamente diferente da sua busca. Frustrante, certo? Isso é cloaking!

Também é comum o uso de cloaking através de anúncios, por exemplo, com o objetivo de receber cliques ou levar o usuário a transações fraudulentas. Por isso, o Google leva muito a sério as denúncias de cloaking e pega pesado com os sites que utilizam as técnicas.

Quais são os tipos de cloaking?

Para facilitar o entendimento dessas técnicas, confira a seguir quais tipos de cloaking e seus exemplos. 

User-Agent Cloaking

O User-Agent Cloaking é uma das técnicas mais comuns. Através dela, o robô — ou crawler, como preferir — é enganado, pois faz com que acreditem que o conteúdo daquela página é destinado ao usuário (ou seja, uma pessoa).

Para isso, é feito uma alteração no User-Agent, tornando-o igual a de um navegador humano. Dessa forma, o conteúdo mostrado ao robô diferirá do exibido ao usuário.

Baseado em IP

Quando baseado em IP, é mostrado conteúdos e páginas específicas dependendo do IP dos usuários para manipular os resultados de pesquisa. 

É parecido com a técnica de cloaking do User-Agent, mas a alteração é realizada através do IP do usuário. Vale lembrar que não há problema de mostrar conteúdos diferentes dependendo da localização do usuário — inclusive, usamos hreflang para isso —, a questão é não permitir que a mesma página seja acessada pelo Google ou outro buscador.

JavaScript Cloaking

Neste caso, são exibidos diferentes versões de uma mesma página dependendo se o JavaScript estiver ativo ou não. E como o JavaScript muitas vezes ainda pode ser um desafio para os mecanismos de busca, há quem utilize essa prática para camuflar o que o Google vê.

Texto Invisível

Outra prática de cloaking comum é o texto insível. Através dela, os proprietários deixam palavras-chave ou outros elementos “insíveis” para os usuários com o objetivo de otimizar a página para os mecanismos de busca. 

Ou seja, só poderíamos identificar que a página é diferente inspecionando o código daquela página. Falando assim até não parece ruim, mas novamente, pense na frustração de acessar um conteúdo e descobrir que não tem nada a ve com o que foi buscado e oferecido na SERP.

HTTP Accept-Language

O HTTP Accept-Language é um cabeçalho enviado os servidores da Web quando é feito uma solicitação no navegador.

No entanto, quando trata-se de cloaking, o HTTP Accept-Language é usado para identificar quando a solicitação é feito por um mecanismo de busca e quando é por usuário, mostrando a página “camuflhada” para os humanos.

Por que evitar técnicas de cloaking no meu site?

Se nada até agora te convenceu a não utilizar as técnicas de cloaking, separei os três principais motivos para evitá-las.

Seu site pode ser penalizado

Dentro das diretrizes do Google, está bem explicito para quem quiser ver: cloaking é uma prática de spam. Por isso, caso seja identificado alguma prática para enganar os mecanismos de busca ou até denunciado por outro usuário, seu site sofrerá com penalizações.

Inclusive, vale pontuar que as técnicas de cloaking não estão restritas à SEO; é comum vê-las em anúncios, o que pode acarretar no bloqueio ou suspensão da conta no Google Ads. 

No caso do cloaking voltado para melhorar o tráfego orgânico, o que pode acontecer é o site sofrer penalizações que o faça perder posicionamentos, privilegiando resultados que seguem às diretrizes do Google e colocam os usuários em primeiro lugar.

É possível sofrer uma ação manual

Pois é, quem diria: violar as políticas do Google podem levar a ação manual, termo que faz referência a revisão humana para detectar se aquele contéudo ou página realmente infringe as diretrizes.

Quando acontece uma ação manual, seu site pode simplesmente ser excluído dos resultados da pesquisa do Google — o maior buscador do mundo. Em casos como esse, a empresa entra em contato para notificar as ações manuais que foram realizadas por e-mail e no Search Console.

Se você for notificado com uma ação manual por causa de cloaking, mas sequer sabe o motivo, é possível fazer uma réplica ao Google informando. Como é comum hackers usarem as técnicas para esconder a invasão, o robô pode ter identificado antes de você.

Vai ser péssimo para o seu negócio

Além dos motivos acima, a prática de cloaking é extremamente desagradável ao usuário. Então, utilizá-la com o intuito de melhorar seus posicionamentos vai apenas sujar a imagem da marca, afinal, deixará de ser um site confiável aos olhos da pessoa que acessou.

Como saber se um site está fazendo cloaking?

Infelizmente, é muito difícil saber se um site está praticando cloaking apenas com a observação, justamente porque a técnica esconde as informações da página dos olhos humanos (eu e você). 

No entanto, caso você se depare com uma situação suspeita, é possível fazer uma denúncia formal ao Google informando alguns dados. Dessa forma, a empresa vai investigar e, caso o cloaking se comprove, o site será punido.

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Conclusão

Como uma prática que não condiz com as boas práticas do Google, o cloaking é considerado black hat e o praticante pode sofrer com consequências que vão desde queda de tráfego orgânico até desaparecer por completo dos resultados de pesquisa, prejudicando o negócio como um todo.

Por isso, antes de avaliar o cloaking como um método eficaz de conseguir acessos e cliques, considere estudar mais sobre SEO e conferir de cabo à rabo diretrizes do Google para evitar problemas para o seu site ou de clientes.

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Escrito por Mariana Pessoa

Escrito por Mariana Pessoa

Mariana é estrategista de SEO e apaixonada por Marketing Digital. É também produtora de conteúdo no LinkedIn e escritora de ficção nas horas vagas.

Escrito por Mariana Pessoa

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Mariana é estrategista de SEO e apaixonada por Marketing Digital. É também produtora de conteúdo no LinkedIn e escritora de ficção nas horas vagas.

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