O que é CMS? Entenda os sistemas para gestão de conteúdos

Felipe Santos
Felipe Santos

SEO, CDN , KPI, CRO, SERP, CRM, enfim, são tantas siglas que é fácil se confundir. E lá vamos nós para mais uma sigla no marketing digital: CMS.

Essa é uma essencial para ter no repertório e significa Content Management System, ou sistema de gestão de conteúdo, utilizado por milhões de sites na internet.

Se você deseja criar um site mas não tem conhecimentos aprofundados em código e nem pretende ter, esses sistemas podem ser ótimas opções! 

Acessível e adequado para quem tem poucos recursos para investir em um novo site, o CMS é utilizado por alguns dos maiores sites da internet.

Neste artigo vamos te ajudar a navegar nesse conceito. Você não só vai entender o que é CMS, mas também como ele funciona, como e quando usá-lo e como escolher o melhor para seu site!

O que é CMS?

CMS em português se refere ao Sistema de Gestão de Conteúdo, ou seja, uma aplicação de software que permite aos usuários construir e gerenciar os conteúdos de um site sem precisar escrever o código do zero.

Aqui na Conversion usamos o CMS WordPress para facilitar o processo de publicação e organização dos artigos.

Na prática, CMS é um facilitador, criado com uma interface amigável e intuitiva, para que usuários possam criar, gerenciar, modificar e publicar conteúdos de forma simples em seus sites.

Cada CMS conta com conjuntos padrões de temas para que usuários possam escolher e customizar seus sites, além de serem compatíveis com extensões (plugins), que podem adicionar novas funções específicas caso elas não tenham no CMS original, sem a necessidade de usar código.

Como funciona o CMS na prática?

Para entender o funcionamento de um CMS, você precisa saber os passos para criar um site do zero. Mas não se preocupe, não vamos entrar em detalhes muito técnicos:

  1. Você começa escrevendo o código HTML, para adicionar os elementos textuais, imagens, links, menus e outros blocos do site;
  2. Você então precisa adicionar outra linguagem, CSS, para estilizar os elementos criados com HTML, editando fatores como cor, tamanho e aparência no geral;
  3. Após isso, você ainda precisa escrever em JavaScript para adicionar funções mais avançadas ao site, como elementos dinâmicos;
  4. Com os códigos em mãos, é necessário fazer o upload dos arquivos em seu servidor. E sempre que precisar fazer qualquer mudança, mesmo que seja corrigir um erro de português, você precisa baixar os arquivos do seu servidor, abrir os códigos, mudar manualmente – tomando cuidado para não quebrar o código – e fazer o upload novamente para o servidor.

Tudo isso sem entrar em muitos detalhes no back-end, que também envolve código para gerenciar o banco de dados do site e outras funcionalidades para que os conteúdos criados pelo front-end (HTML, CSS e JavaScript) fiquem “no ar”.

Parece um processo complexo, não?

Para desenvolvedores é até mais simples depois de muita prática, mas para quem não tem habilidade com código é um processo demorado, que se perde em outras prioridades do dia a dia.

É aí que entra a mágica: CMS.

O CMS trabalha em duas frentes:

  • Gestão de conteúdos: onde você criar e administra conteúdos do seu site;
  • Entrega de conteúdos: o sistema por trás das cortinas, chamado de backend, que armazena o conteúdo criado na aplicação de gestão de conteúdos e garante que ele esteja visível no site.

Na frente de gestão de conteúdos, ao invés de ter que mexer direto no código, você tem uma interface mais amigável, parecida com um Google Docs ou Word, onde você pode adicionar texto, links e outros elementos para construir seu conteúdo apenas clicando e arrastando em blocos pré-definidos pelo CMS.

Além de editar os conteúdos, você pode fazer mudanças estruturais no site, como pastas que aparecem nas URLs, mudança de tema (visual e disposição dos elementos) e adicionar plugins para “desbloquear” mais funções, como:

  • módulos de pagamento;
  • visuais novos;
  • compactação de imagens;
  • possibilidade de personalizar cargos para cada usuário do site;
  • editar elementos técnicos de SEO (como o Yoast SEO);
  • entre outras.

Após fazer as alterações desejadas, basta publicá-las clicando em um botão que o CMS cuida do resto (armazenamento dos conteúdo e publicação dos mesmo no site).

Aplicações do CMS

Existem vários tipos de plataformas CMS, para aplicações mais específicas e gerais, que servem para vários tipos de site. Vamos trazer alguns exemplos nos próximos tópicos.

Alguns tipos de site que podem ser criados usando um CMS são:

  • Blogs;
  • Sites estáticos;
  • E-Commerces;
  • Sites de comunidade;
  • Sites de notícias;
  • Portfólios;
  • Redes sociais;
  • Fóruns;
  • Cursos online;
  • Entre outros.

CMS vs Código: qual é melhor?

Apesar de ser uma das opções mais adotadas na web, o CMS tem algumas desvantagens em relação a desenvolver o site escrevendo todo o código.

Porém, quando falamos em ganho de escala, para sites que precisam de constante atualização e publicação de conteúdos, o CMS é essencial!

Vamos então às principais vantagens desses sistemas:

  • Não é preciso saber de código: a primeira vantagem é a que estamos mencionando desde o começo do artigo. A chegada do CMS no mercado permitiu a democratização da criação de sites, para que usuários comuns possam publicar o que querem na web – com um design customizável – e adicionar funcionalidades por plugins e extensões sem escrever uma linha de código;
  • CMS não restringe o código: as plataformas mais famosas não descartam completamente o código, ou seja, ainda é possível criar funcionalidades e customizar ainda mais seu site usando código. Se você não encontra uma função em plugins, ainda existe a possibilidade de desenvolver;
  • Colaboração coletiva: você pode adicionar centenas de usuários no CMS, cada um com suas funções (editores, revisores, administradores…) e todos podem editar o site ao mesmo tempo;
  • Funções de usuários: a possibilidade de atribuir funções ou títulos a cada usuário é muito útil. Você pode, por exemplo, criar um usuário com o título “Escritor”, que só pode editar, publicar e apagar conteúdos criados por ele, ou ainda criar um “Moderador”, que tem permissão para editar e alterar todos conteúdos do site, independente do editor. Tudo isso é customizável e permite maior organização dos conteúdos, além de evitar falhas de segurança;
  • Agilidade: a facilidade de atualizar conteúdos existentes, adicionar um novo, agendar e deletar ajuda – e muito – na produtividade;
  • Baixos custos: a maioria das plataformas são gratuitas, você precisa apenas pagar a hospedagem e domínio;
  • Templates prontos: o CMS conta com diversos templates prontos e customizáveis, um catálogo enorme para você escolher o que melhor se encaixa no perfil da sua marca;
  • Features de SEO: outra vantagem é que muitas plataformas possibilitam a edição de elementos de SEO, como title, description, robots.txt, sitemap.xml, entre outros;
  • Extensões: se não encontrar uma funcionalidade que queria no CMS, basta pesquisar na vasta biblioteca de plugins que provavelmente encontrará soluções;
  • Suporte: por serem muito utilizados, os sistemas de gestão de conteúdo costumam contar com fóruns e vários conteúdos na web para tirar dúvidas e resolver problemas que você possa ter na gestão de conteúdos.

 E quais são as principais vantagens de fazer o site com código, do zero?

  • A velocidade do site pode ser beneficiada devido à ausência de códigos padrão do CMS, que poluem os arquivos e podem deixar o site mais lento;
  • Com código você pode criar as funcionalidades e visuais que quiser, sem limitações de tema de um CMS;
  • Seu site pode se diferenciar mais facilmente na web, especialmente em relação a sistemas populares, como WordPress, que muitos sites utilizam.

No geral, com código você tem maior flexibilidade para criar o site do jeito que quiser, enquanto um CMS limita suas opções, apesar de muitos adicionarem mais features e temas a cada nova atualização.

Exemplos de CMS

Vamos falar sobre alguns dos mais famosos sistemas de gestão de conteúdo no mercado, suas principais funções e para quais tipos de sites são mais adequados.

WordPress.org

Com 45% dos mais de 70 milhões de sites que usam CMS, WordPress é o CMS mais usado no mundo!

E não é à toa, sua versatilidade para customizar temas, adicionar módulos e gerenciar grandes quantidades de conteúdo, somada à interface amigável e fácil de usar a tornam uma plataforma perfeita para qualquer usuário que está começando, tudo isso gratuitamente.

Devido ao seu amplo uso, o WordPress conta com milhares de temas, plugins e uma forte comunidade que tira dúvidas e fornece conteúdos gratuitos de suporte.

O WordPress é especialmente famoso entre bloggers, mas, em conjunto com plugins como Woocommerce, pode ser utilizado para e-commerces, sites de notícias e vários outros tipos de sites.

Magento

Magento, hoje Adobe Commerce, é uma plataforma de e-commerce completa, voltada para vendas B2B e B2C, usada por marcas como Coca-Cola e T-Mobile®.

Ela conta com diversas funcionalidades nativas que ajudam o profissional de e-commerce a administrar seus produtos, como:

  • Possibilidade de criar múltiplas lojas, departamentos e páginas de produtos;
  • Personalizar páginas de entrega;
  • Integrar com outras plataformas, como ERP;
  • Gerenciar o inventário;
  • Fazer transações em vários países e moedas;
  • Adicionar cupons e veicular campanhas;
  • Soluções de IA para busca no site, sugestões de produtos e outras funções;
  • Entre outras.

Webflow

Webflow é outro CMS popular, focado em web designers que desejam customizar seus sites em um nível mais avançado, sem ter que mexer no código diretamente.

A plataforma conta com uma ferramenta de edição e estilização completa, similar à interface do Photoshop, onde designers têm liberdade para criar suas páginas nos moldes de sua criatividade.

Ela conta também com features de SEO, velocidade de carregamento e conteúdos de suporte para quem está começando, ideal para iniciantes.

Drupal

Drupal é um plataforma mais robusta para criação de sites, ideal para grandes corporações, com várias funcionalidades de segurança e bons tempos de resposta.

São milhares de módulos e temas construídos especialmente para sites com alto fluxo de tráfego, como sites de governos e instituições famosas.

Como escolher seu CMS

O primeiro passo para escolher um CMS é definir bem quais objetivos você pretende atingir com o site e quais recursos específicos serão mais importantes. Seu negócio pode demandar uma feature específica que um CMS oferece nativamente e outro não. 

Logo, anote todos os requisitos para criar seu site, com detalhes sobre a rotina de gestão de conteúdo e objetivos. Só então você começa a avaliar as opções do mercado e escolhe a que melhor atende seu negócio.

Confira abaixo alguns critérios importantes na avaliação de um CMS!

Qual é o seu budget? 

Há várias plataformas completas e gratuitas, como o WordPress.org, porém, se você tem mais recursos para gastar, pode considerar outras soluções mais robustas, como o Drupal, para facilitar sua vida e ter mais suporte. 

Lembrando que um CMS como WordPress conta com plugins pagos que também podem ajudar bastante na usabilidade e gestão dos conteúdos. 

Considere também gastos com registro de domínio e hospedagem, essa última faz toda diferença na velocidade do seu site. A contratação de desenvolvedores para personalizar o CMS também pode ser uma boa alternativa caso você tenha budget.

Qual é o foco do CMS?

Nas páginas de cada CMS você vai encontrar detalhes sobre suas respectivas soluções e para quais tipos de site elas são mais adequadas.

Vale avaliar também sites de marcas que já utilizam o CMS e explorá-los, testando recursos que você deseja ter em seu site.

Em muitos casos o CMS divulga em seu site algumas marcas que utilizam sua plataforma, você pode começar por aí. Mas tente encontrar outros sites que também a utilizam, para avaliar com mais precisão cada recurso.

  • Dica: use a extensão do Chrome Wappalyzer para descobrir a plataforma de um site.

Quantas pessoas vão trabalhar no CMS?

A quantidade de funcionários que vão utilizar o CMS da sua empresa faz toda diferença na escolha do mesmo.

Sua empresa pode demandar por soluções específicas relacionadas às funções de cada usuário na plataforma e outras features de segurança.

O quão fácil é criar e editar páginas?

O seu site precisa mudar o design de páginas com frequência? Ou constantemente criar páginas com templates diferentes?

Considere a facilidade para criar e editar páginas no CMS. No WordPress é muito simples escrever, editar e publicar textos de blog, porém, se você pretende fazer mudanças significativas no visual de páginas como a Home com frequência, pode ser melhor considerar outras soluções.

Quais integrações o CMS possibilita?

Um site não é completo sem integração com outras ferramentas que você utiliza em seu negócio. Se você utiliza um CRM ou ERP há anos e não pretende mudar, considere pesquisar em detalhes a compatibilidade das suas ferramentas com cada CMS.

Outras ferramentas que você deve ter em mente para integração:

  • Ferramentas de web analytics, como o Google Analytics e Search Console;
  • Softwares de e-mail marketing;
  • Ferramentas de e-commerce;
  • Entre outras.

A plataforma é SEO friendly?

SEO significa otimização para os mecanismos de busca e se refere às modificações que você faz em seu site e conteúdos para melhorar a visibilidade em locais como Google e Bing.

É uma estratégia essencial dentro do marketing e um dos critérios mais importantes para avaliar antes de escolher um CMS.

Muitas otimizações de SEO requerem algumas mudanças específicas como meta tags e arquivos não tão comuns assim, por isso estude bem se o CMS que você pretende usar conta com features de SEO. Isso inclui funcionalidades para melhorar a velocidade de carregamento do site e compatibilidade com dispositivos móveis.

Quão forte é a comunidade da plataforma?

Por fim, é importante ver os comentários da própria comunidade que usa o CMS em fóruns e sites de avaliação de produtos, talvez você tenha muitos insights assim.

Considere se a plataforma conta com uma vasta biblioteca de conteúdos para te ajudar a usar as diferentes funções, além de acesso a suporte caso necessite.

Verifique também o histórico de atualização da plataforma, se ela continua ativa e adicionando novas funcionalidades, especialmente relacionadas à segurança.

Passo a passo para começar a usar um CMS

Encontrou o CMS ideal para seu negócio? Antes de começar a usar você precisa seguir uns passos:

1. O primeiro passo é registrar o nome do seu domínio. Ele pode ser o nome da sua marca ou ter alguma relação com o tema que você vai abordar no site (exemplo: nike.com e melhoresdestinos.com.br). Para isso, você pode usar sites como Registro.br ou o próprio provedor de hospedagem do seu site, o que nos leva ao segundo passo;

2. A hospedagem é onde vão ficar todos os arquivos e bancos de dados do seu site. Você basicamente aluga um servidor que será acessado pelo CMS depois, por isso escolha sua hospedagem com cuidado, avaliando critérios como compatibilidade com CMS e velocidade;

3. Instale o CMS na sua conta de hospedagem. Muito servidores já tem integração com plataformas populares, o que facilita a instalação;

4. Configure seu CMS e comece a publicar!

Como migrar de CMS?

Se você está considerando migrar de CMS, não esqueça de dois pontos essenciais:

  • Fazer o backup de todo o seu site em um local seguro para não perder nada;
  • Consultar um profissional de SEO para não perder tráfego orgânico que você já conquistou no CMS atual.

Alguns sistemas de gestão de conteúdo contam com documentos de suporte para te auxiliar na migração, recomendamos consultá-los e tomar bastante cuidado. De preferência, contrate um profissional qualificado para fazer a migração.

Conclusão

Agora que você sabe como escolher o CMS ideal para construir seu site, está na hora de elaborar sua estratégia de SEO para vender mais online!

Aproveite para comentar o que achou deste artigo e sugestões para os próximos.

Escrito por Felipe Santos

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