Dica: esse material foi lançado também em formato de vídeo e e-book; você pode acessar esses materiais clicando aqui.
Um dos momentos mais esperados do calendário de SEO é quando as Tendências de SEO são publicadas. Temos feito isso ao longo de mais de uma década, com o objetivo de levar ao mercado informações atualizadas e práticas que surgem de quem está atuando em projetos de médio e grande porte.
O conteúdo é dividido em duas partes: estratégia e técnica. O objetivo é auxiliar profissionais que buscam ampliar seus resultados em SEO a entender o que se aproxima e como se preparar para o que promete ser um ano promissor, assim como foi 2024.
Resumo
Estratégia
- O fim do last-click
Cerca de 80% a 90% do tráfego de mecanismos de busca que converte vem de termos de marca. Use o Share of Search para medir crescimento de marca e entenda seus gatilhos de crescimento. - A era do Brandgrowth SEO
Vivemos na era da marca como principal canal de performance. SEO tem se tornado cada vez mais um canal ótimo para criar demanda de marca, mas precisa ser medido para isso. - O funil de marketing não morreu!
O Funil de marketing e vendas está mais vivo do que nunca. Mas, é preciso entender o esforço colocado em cada etapa e as métricas usadas, para que ele tenha sucesso. - Menos Analytics e mais pesquisa
Analytics só mostra o comportamento do site. Ouça o seu cliente diretamente para entender quais são os canais de aquisição mais bem sucedidos do seu negócio. - SEO não é técnico, é estratégico
O SEO precisa começar pela estratégia. Defina seu campo semântico, faça o planejamento e comece sempre por 3 otimizações prioritárias. - Topical Authority
Torne-se referência em determinado assunto, posicionando a sua marca no mercado, mesmo que o seu volume de buscas ali seja menor.
Técnico
- O Google finalmente tem concorrentes de peso
Perplexity, ChatGPT Search, TikTok. Apareça nos resultados das redes sociais e IA’s para aumentar sua força de marca e vender mais. - Social media como canal de busca e aparecendo mais no Google
21% das pessoas entre 18 e 24 anos já preferem começar suas buscas pelo TikTok. Os seus posts em redes sociais poderão cada vez mais aparecer no Google também. - Fique de olho no YouTube
O YouTube é ótimo para aumentar a visibilidade da sua marca, fortalecer o seu posicionamento e gerar demanda. - Retenção de Visitantes como Fator de Ranqueamento
Para o algoritmo do Google, reter os usuários no seu site é fundamental para alcançar as primeiras posições. - Faça Link Building com Pesquisas
Produzir pesquisas e conteúdos relevantes para o mercado é a melhor estratégia de Link Building para 2025. - Cultura de Testes
Sua empresa precisa de uma cultura de testes bem estruturados, documentados e principalmente que gerem aprendizados.
Estratégia
1. O fim do last-click
Tradicionalmente, o Google Analytics tem sido a ferramenta preferida dos profissionais de SEO para análise de resultados. No entanto, confiar exclusivamente no last-click como métrica para tomadas de decisão pode levar a interpretações equivocadas.
Mas por quê? Pela nossa experiência, tanto na busca orgânica quanto na paga, cerca de 80% a 90% do tráfego que converte vem de pesquisas de termos de marca. Os cliques non-branded (sem marca) costumam ser responsáveis por algo entre 10% e 20% de toda receita gerada com o tráfego orgânico.
Para compreender melhor o impacto da marca nas buscas, utilizamos uma métrica ainda pouco explorada: o Share of Search (SoS). Essa métrica reflete o total de buscas feitas por uma marca no Google e está diretamente ligada à participação de mercado da empresa. A fórmula para calcular o SoS é simples:

Les Binet, um dos maiores especialistas globais em efetividade no marketing, demonstrou em seu estudo sobre Share of Search que a quantidade de buscas está diretamente correlacionada ao Market Share de uma empresa, como podemos observar nesse gráfico.
A quantidade de buscas por uma marca é um indicativo bastante seguro e confiável para estimar o crescimento de uma empresa no médio e longo prazo. Um exemplo claro disso é a pesquisa realizada por Binet sobre o crescimento da Volkswagen entre 2002 e 2014.
Analise o gráfico acima com bastante cuidado, tendo em vista que as duas linhas estão praticamente sobrepostas — o que indica a forte correlação entre os indicadores de Share of Search e Market Share. Enquanto a linha vermelha representa o real crescimento de market share da marca, a linha em pontos azul representa o que foi previsto pelo share of search. A diferença entre as duas é incrivelmente baixa.Para entender como o SoS funciona na prática, acesse a planilha de Share of Search que criamos gratuitamente clicando aqui.
2. A era do Brandgrowth SEO
No Brasil, conforme o estudo da Conversion Tendências de Marketing de 2025, observa-se que 80% do orçamento de marketing das empresas é direcionado a ações de curto prazo — que podemos correlacionar a áreas ligadas ao Growth, como mídia paga, SEO, CRM e Business Intelligence. Em contraste, áreas tradicionalmente associadas ao Branding — como mídias sociais, Inbound Marketing, Relações Públicas, desenvolvimento de sites e Endomarketing — recebem apenas 20% dos investimentos.
Para abordar esse desequilíbrio, Diego Ivo introduziu o conceito de Brandgrowth: uma integração entre branding e growth, unindo reputação e performance para posicionar a marca como o principal canal de aquisição. É o princípio de Growth que conhecemos tanto em nosso mercado aplicado ao crescimento da marca.
Imagine o marketing como a construção de um edifício. O branding tradicional atua como o designer de interiores, focado na estética e na experiência do usuário. O growth representa a engenharia, garantindo funcionalidade e desempenho. Falta, porém, o papel do arquiteto — e é aí que o Brandgrowth entra em cena, conectando estética e funcionalidade para dar alma à construção, ou seja, à marca.
Diego Ivo denomina os profissionais que adotam essa abordagem como Arquitetos do Marketing. Eles entendem que, se a maioria das conversões de mecanismos de busca provém de buscas pela marca, é fundamental aumentar a visibilidade e o desejo em torno dela. É claro que isso vai também influenciar outros canais ligados à marca, como o tráfego direto.
Portanto, para o Arquiteto do Marketing, a visão restrita à performance de canal está ultrapassada e já não dá conta dos problemas atuais do marketing — que se torna mais desafiador com jornadas de clientes cada vez mais complexas e com mais pontos de contato. É necessário focar na performance da marca, resultado de todos os canais e da experiência do consumidor em cada ponto de contato.
Na era do Brandgrowth, o objetivo é criar marcas que sejam interessantes, desejadas e facilmente acionáveis pelos consumidores. Utilize ferramentas como o Google Trends e dados de Share of Search para monitorar como e quando as pessoas buscam por sua marca, identificando gatilhos de busca e mantendo-se atento às tendências.
Como falamos: foque na performance da marca, não do canal.
3. Funil de marketing e vendas
Para compreender a importância do funil de marketing e vendas, é fundamental reconhecer que ele reflete a psicologia humana. Baseado na metodologia AIDA (Atenção, Interesse, Desejo e Ação), o funil sempre será útil para entender os diferentes estágios da jornada do cliente. No entanto, é preciso lembrar que o funil nunca foi, nem será, uma estrutura linear ou mecânica — ao contrário do que atualmente pensa uma parte do senso comum do marketing.
Cada funil é flexível e deve ser adaptado aos diversos tipos de clientes e a cada empresa. O diferencial está no esforço aplicado em cada etapa e na quantidade de pessoas impactadas por cada ação. Quando falamos em Arquitetos do Marketing, referimo-nos a profissionais capazes de criar funis onde cada canal tem um papel bem definido, trabalhando em harmonia para um objetivo comum. O funil é um modelo teórico que, claro, deve ser reproduzível na realidade.
Para construir confiança e estabelecer relacionamentos duradouros com seu público, é preciso mais do que apenas atender às necessidades imediatas. É fundamental que as soluções oferecidas pela sua marca sejam claras, transparentes e, acima de tudo, relevantes. Quando falamos de soluções, pode ser desde um conteúdo de blog até o produto que veio a ser adquirido.
Em 2024, a Conversion alcançou resultados significativos porque otimizamos nossos funis de aquisição, identificando os principais pontos de melhoria em nossos processos. Com essa experiência e essa evolução cada vez maior, estamos cada vez mais ajudando nossos clientes a obter resultados semelhantes.
4. Novos modelos de atribuição
Compreender a jornada do consumidor é fundamental para otimizar suas estratégias de marketing. Isso exige uma compreensão profunda das dores e desejos do seu cliente, algo que vai além do que as ferramentas analíticas tradicionais como o Google Analytics podem oferecer.
O Google Analytics é limitado ao rastreamento de interações dentro do seu site ou aplicativo. No entanto, a jornada de compra do usuário envolve múltiplos pontos de contato, muitos dos quais ocorrem fora desses ambientes digitais. Por isso, pesquisas qualitativas e quantitativas têm se tornado uma ferramenta indispensável para obter insights mais precisos sobre quais canais de aquisição estão surtindo mais efeito.
Ouvir diretamente o seu cliente é essencial em todas as etapas da jornada, especialmente no pós-compra. Pesquisas como NPS (Net Promoter Score), CSAT (Customer Satisfaction Score) e entrevistas aprofundadas têm ganhado destaque por fornecerem informações valiosas que as métricas tradicionais não capturam.
Na Conversion, adotamos uma métrica que tem nos proporcionado grandes insights: a autoatribuição, uma das métricas mais subestimadas no marketing.
Foi através da autoatribuição — perguntando diretamente ao cliente onde ele ouviu falar sobre nossa empresa, sem oferecer opções pré-definidas — que descobrimos quais são nossos canais de aquisição mais efetivos. Se nos baseássemos apenas no last-click do Google Analytics, os resultados seriam provavelmente diferentes e possivelmente levariam a decisões estratégicas equivocadas.
Talvez o cliente tenha finalizado a compra após ver um anúncio de mídia paga, levando você a acreditar que esse é o canal mais eficaz. No entanto, antes disso, ele provavelmente interagiu com sua marca por meio de buscas orgânicas, redes sociais e outras plataformas, influenciando significativamente sua decisão final.
Portanto, perguntar diretamente ao cliente é uma das maneiras mais confiáveis de identificar o canal de aquisição que o trouxe até você, permitindo uma alocação mais precisa de recursos e esforços.
5. SEO Estratégico
Contrariando o que muitos acreditam, o SEO não deve começar pela seleção de palavras-chave, mas sim pela definição de uma estratégia sólida. Estratégia, neste contexto, é o conjunto de ações planejadas para criar uma vantagem competitiva sustentável.
Visualize a estratégia como um mapa que orienta as ações necessárias para alcançar seus objetivos de negócio. Em SEO, isso significa focar nas iniciativas macro que terão maior impacto nos resultados.
Primeira ação: Defina o campo semântico de atuação
Uma excelente forma de iniciar sua estratégia de SEO é entender como o Google e os consumidores percebem a sua empresa. Por exemplo, a Conversion é reconhecida como uma das maiores autoridades em SEO no Brasil. Portanto, faz sentido concentrarmos nossos esforços em produzir conteúdos aprofundados sobre SEO e áreas correlatas.
Entenda como o Google e o público enxergam a sua marca e foque em campos semânticos (ou seja, assuntos sobre o qual sua empresa irá publicar conteúdo) que reforcem essa percepção. Dessa forma, você será reconhecido como autoridade no seu nicho, e seus conteúdos terão maior relevância para os mecanismos de busca.
Segunda ação: Estabeleça três otimizações prioritárias
Após definir seu campo semântico, identifique três ações prioritárias que estejam alinhadas aos seus objetivos de longo prazo. Muitas estratégias de SEO falham não por serem inadequadas, mas porque não são implementadas de forma eficaz.
Focar nas três iniciativas mais importantes ajuda a direcionar os esforços da equipe para o que realmente importa, garantindo que as entregas sejam realizadas com excelência e dentro dos prazos estabelecidos.
Mas a verdadeira graça dessa abordagem é que, ao implementar as três otimizações e ver resultados, os nossos clientes têm se sentido muito mais motivados a eliminar as barreiras na implementação da cultura de SEO dentro da companhia, da melhor forma possível. E, claro, quando as três prioridades são implementadas, outras três aparecem no lugar.
6. Topical Authority e Posicionamento de Marca
Topical Authority, ou Autoridade de Tópico, é a relevância que uma marca adquire ao estabelecer-se como referência em um determinado assunto ou nicho. Isso implica centralizar — pelo menos num primeiro momento — suas estratégias de SEO em um campo semântico específico, alinhando todo o marketing da sua empresa para reforçar o posicionamento desejado no mercado. Evite atirar para todos os lados, embora seja possível ser autoridade em mais do que um tópico.
É fundamental produzir conteúdos que façam sentido para o seu negócio e para as dores de seu potencial cliente, mesmo que o volume de buscas seja menor. Desde a Atualização do Algoritmo em Agosto de 2024, o Google tem priorizado de forma mais intensa conteúdos úteis e relevantes para os usuários, penalizando aqueles criados apenas para otimização dos mecanismos de busca.
Além disso, assegure que a estrutura de navegação do seu site seja coesa e proporcione uma experiência positiva ao usuário. A interligação entre os conteúdos deve ser lógica e facilitar a jornada do visitante. Neste sentido, a Arquitetura da Informação se mostra um excelente ponto de atenção para qualquer estratégia de SEO.
Na estratégia de busca orgânica da própria Conversion, por exemplo, focamos intensamente no tópico de “SEO”, produzindo uma ampla gama de conteúdos relacionados ao tema. Essa abordagem nos consolidou como referência no setor, refletindo-se nas primeiras posições nos rankings dos mecanismos de busca.
Parte 2: Técnica
7. AI Overview, Perplexity, ChatGPT e resultados da SERP com IA
Nos últimos anos, os hábitos de pesquisa dos usuários têm passado por uma transformação significativa. Cada vez mais, as pessoas estão utilizando mecanismos de busca baseados em inteligência artificial, como o ChatGPT e o Perplexity, para obter respostas rápidas e precisas.
Para não ficar para trás, o Google entrou na briga contra ChatGPT e Perplexity implementando o recurso de AI Overviews nos resultados. São respostas geradas por inteligência artificial que não cita fontes necessariamente (embora apresente links relacionados). Esse recurso já atingiu 1 bilhão de usuários até Outubro de 2024, de acordo com dados da Business Insider.
Com este cenário, muitas empresas têm se preocupado com a perda de tráfego e a perda de relevância do Google como buscador. Sobre a perda de tráfego, é um caminho sem volta, mas não é novidade para quem trabalha com SEO. A cada ano o CTR do Google cai, com maior presença de anúncios e recursos na SERP — esse movimento não é novidade para quem trabalha com SEO. Sobre outros buscadores ganharem relevância, talvez a mudança maior seja da forma de buscar, mas não de fazer SEO, desde que se pratique o que chamamos de Novo SEO.
Um estudo recente da Surfer SEO indicou que marcas que aparecem nos resultados das plataformas de IA tendem a ter um tráfego orgânico superior em comparação àquelas que não estão presentes. Então, quando perguntarem como se preparar para otimizar para o ChatGPT ou Perplexity, lembre-se que é o mesmo processo de SEO — mas é claro que feito correta e estrategicamente, não apenas “otimizando”.
Historicamente, o SEO nunca se restringiu apenas ao Google. No entanto, atualmente é mais perceptível do que nunca estar bem posicionado em uma variedade de plataformas para alcançar resultados significativos.
No mercado B2B, caracterizado por usuários mais instruídos, a mudança nos padrões de pesquisa tende a ser mais acelerada. Nesse contexto, é crescente a adoção de mecanismos de busca baseados em inteligência artificial, como ChatGPT e Perplexity, por tomadores de decisão em busca não só de respostas rápidas e precisas, mas também de fornecedores.
Embora esse comportamento esteja se tornando cada vez mais evidente, ainda há uma carência de pesquisas que ofereçam dados concretos para fundamentar essa tendência. Quem sabe a Conversion realize algum estudo no futuro.
8. Indexação de Postagens em Mídias Sociais
As redes sociais não escapam à mudança do comportamento do usuário. O TikTok, em particular, destacou-se não apenas como uma plataforma de entretenimento, mas também como um mecanismo de busca, especialmente entre os mais jovens.
Uma pesquisa da YPulse revelou que 46% das pessoas entre 18 e 24 anos ainda iniciam suas buscas no Google, mas impressionantes 21% preferem começar pelo TikTok. Isso representa uma mudança notável nos hábitos de consumo de informação e na forma como conteúdo é descoberto e consumido.
Ao mesmo tempo, o Google tem reconhecido a crescente importância das redes sociais como fontes relevantes de conteúdo. Em resposta, o mecanismo de busca está indexando cada vez mais postagens de mídias sociais, incluindo vídeos do TikTok, em seus resultados de pesquisa. Isso significa que o conteúdo publicado nessas plataformas agora tem o potencial de alcançar um público ainda maior, aparecendo tanto nas buscas internas das redes sociais quanto nos resultados orgânicos do Google.
Tráfego de busca orgânica para o TikTok registra 748 milhões de acessos mensais
Para ilustrar essa tendência, os dados de tráfego mostram um crescimento significativo no alcance orgânico dessas plataformas. O Instagram, por exemplo, atingiu 4,8 bilhões de visitas mensais provenientes de buscas orgânicas em 2024, um aumento de 71% em relação ao ano anterior. Já o TikTok registrou 700 milhões de visitas mensais de tráfego orgânico, crescendo 58% no mesmo período, de acordo com a Semrush.
Essa convergência entre redes sociais e mecanismos de busca cria novas oportunidades para marcas e criadores de conteúdo. Se você trabalha com produção de conteúdo para mídias sociais, é essencial otimizar suas postagens para que elas sejam facilmente encontradas, não apenas dentro das plataformas como o TikTok e o Instagram, mas também nos resultados de busca do Google e de outros buscadores.
9. O poder do YouTube
Apesar de ser a maior plataforma de vídeos do mundo, o YouTube ainda é subutilizado por muitas marcas que poderiam aproveitar seu potencial para ampliar visibilidade e fortalecer o posicionamento. É importante compreender que o YouTube não é necessariamente um grande gerador de cliques diretos para sites; sua força reside no engajamento dentro da própria plataforma — assim como acontece nas redes sociais, o que reforça a importância de não medirmos canais importantes pela capacidade de gerar cliques.
Para explorar da melhor forma os benefícios do YouTube, é essencial utilizar métricas específicas da plataforma, além das fornecidas pelo Google Analytics. No YouTube, o engajamento é a métrica principal. Comentários, curtidas, descurtidas e a taxa de retenção dos vídeos são indicadores fundamentais a serem monitorados.
A produção de conteúdo para o YouTube requer uma abordagem distinta. É necessário desenvolver roteiros envolventes que mantenham a atenção do espectador, utilizar títulos atraentes e criar descrições informativas. Um aspecto interessante é que as visualizações externas — provenientes de fora da plataforma — funcionam como uma espécie de “link building” interno. Se seus vídeos recebem muitas visualizações externas, o YouTube interpreta isso como um sinal de viralização. Portanto, promover seus vídeos em diversos canais pode amplificar seu alcance.
10. Navboost: a parte mais importante do algoritmo do Google
O vazamento do algoritmo do Google em 2024 destacou a importância de um componente conhecido como Navboost. Essa parte do algoritmo evidencia que a experiência do usuário influencia diretamente o ranqueamento de sites nas páginas de resultados de busca (SERP).
Diante disso, é fundamental concentrar esforços em gerar mais cliques na SERP e, principalmente, em reter o usuário em seu site. Uma ferramenta eficaz para identificar onde os usuários passam mais tempo é o Microsoft Clarity, que oferece mapas de calor para visualizar as áreas de maior engajamento.
Para mensurar esses resultados, recomendamos a utilização da Taxa de Retenção voltada para sites, uma métrica desenvolvida pela Conversion e disponível para uso gratuito. Consulte nossa página sobre a Taxa de Retenção.
11. Link building por meio do Digital PR
O Link Building, assim como todas as atividades de marketing, deve ser estratégico. Toda estratégia de SEO precisa considerar o aumento da autoridade do seu site, alcançado por meio da criação de conteúdos úteis, relevantes e de alta qualidade.
No entanto, isso não é novidade, e muitos profissionais de SEO já aplicam essa abordagem. Por isso, na Conversion, adotamos uma estratégia diferenciada: a criação de dados e insights para o mercado, uma prática ainda pouco explorada no Brasil.
Aplicamos isso, por exemplo, com o Relatório dos Setores de E-commerce, que oferece mensalmente os principais insights e movimentações do setor de comércio eletrônico. Por serem informações relevantes, diversos veículos de imprensa e sites especializados utilizam o relatório em suas publicações, gerando backlinks de qualidade e aumentando a autoridade da Conversion, além de contribuir para a geração de demanda.
Além disso, o desenvolvimento de ferramentas gratuitas pode facilitar que seu site seja citado por outros com grande autoridade, tornando essa uma boa abordagem. Embora seja uma estratégia mais complexa, exigindo investimento em equipes de dados e relações públicas, é atualmente uma das formas mais eficazes de gerar links de qualidade em um cenário altamente competitivo.
Concentre-se na criação de pesquisas e conteúdos relevantes para o mercado e busque menções em veículos de comunicação de grande alcance. Essa estratégia pode ser desafiadora, pois exige uma equipe dedicada de dados e PR para divulgar as informações coletadas. Mas, quando bem aplicado, os resultados são muito fortes.
12. Experimentação
A última tendência para 2025, mas definitivamente não menos importante, é a ênfase na experimentação. Defendemos na Conversion a tese de que não existe SEO eficaz sem a realização de testes; fomentar uma cultura de experimentação na sua empresa é fundamental. Sem essa mentalidade, oportunidades de crescimento podem ser perdidas.
Para estabelecer essa cultura, é essencial que todos os resultados — sejam eles positivos ou negativos — sejam documentados. A documentação não é apenas um registro; é uma ferramenta de aprendizado contínuo que permite à equipe entender o que funcionou, o que não funcionou e, mais importante, o porquê. Isso cria um ciclo virtuoso de melhoria constante.
O ideal é que essa cultura seja enraizada em todos os departamentos da empresa, não se limitando ao time de SEO ou marketing. As descobertas de uma equipe podem fornecer insights valiosos para outras áreas, promovendo colaboração e inovação entre áreas. Por exemplo, um teste realizado pela equipe de UX pode oferecer dados relevantes para o time de conteúdo, e vice-versa.
Metodologias de Teste no SEO
Ao abordar experimentos em SEO, é importante seguir uma metodologia científica. Gostamos de seguir a seguinte lógica:
1. Identificação do Problema: Comece identificando claramente o desafio que deseja enfrentar. Pode ser a baixa performance para uma palavra-chave específica, alta taxa de rejeição em determinada página ou baixo engajamento em um conteúdo importante.
2. Formulação de Hipótese: Desenvolva uma hipótese baseada em dados e insights. Por exemplo: “Se melhorarmos a velocidade de carregamento da página em 20%, a taxa de conversão aumentará em 10%.”
3. Planejamento do Experimento: Defina os parâmetros do teste, incluindo quais páginas serão alteradas, a duração do experimento e as métricas que serão monitoradas. Certifique-se de controlar outras variáveis que possam interferir nos resultados.
4. Implementação: Execute o plano de ação de forma cuidadosa, garantindo que as mudanças sejam aplicadas corretamente e que o monitoramento esteja configurado para coletar os dados necessários.
5. Análise de Resultados: Após o período definido, analise os dados coletados para verificar se a hipótese foi confirmada ou refutada. Utilize ferramentas analíticas para aprofundar a compreensão dos resultados.
6. Documentação e Disseminação: Registre todo o processo e compartilhe os insights com as equipes relevantes. A disseminação do conhecimento fortalece a cultura de experimentação e incentiva novas iniciativas.
A Importância da Interação Contínua
A experimentação não é um esforço único; é um processo contínuo de aprendizagem e adaptação. Mesmo quando um teste não produz os resultados esperados, ele oferece insights valiosos sobre o que não funciona, refinando sua compreensão e direcionando futuras iniciativas.
Conclusão
O objetivo deste material foi compartilhar práticas e insights que aplicamos na Conversion e que acreditamos ser úteis para o seu dia a dia trabalhando com SEO. Com estas tendências, queremos que você consiga destravar todas as frentes do seu negócio e alcançar todo o seu potencial. O SEO é poderoso para criar marcas fortes e que vendem muito.
Como mostramos ao longo deste material, o aspecto estratégico do SEO é cada vez mais relevante. Alinhar o SEO às estratégias de negócio da sua empresa é não só o melhor caminho para obter resultados expressivos — mas cada vez mais, o único. Estratégia estará de volta à mesa de discussão dos CMOs, agora na figura do arquiteto.
otimo conteudo! Parabens